Passaram-se dois minutos.
Barbosa nada sentia, absolutamente nada.
Quis ver a cesura, tentou chegar o braço à altura dos olhos. Não pôde. O membro paralisado recusava-se à ordem do cérebro.
Tentou o mesmo com o braço direito, quis mover as pernas: igual impossibilidade.
Tentou sacudir a cabeça, fechar e abrir os olhos: sacudiu a cabeça, fechou e abriu os olhos.
Passaram-se mais alguns minutos.
Tentou de novo sacudir a cabeça, fechar e abrir os olhos. Impossível. A paralisia era já quase completa, quase total.
E não sofria dor, constrangimento de espécie alguma.
No terreiro abaixo, ao pé do engenho, os pretos estavam a malhar um