—Obrigada, não quero cousa nenhuma.
—Bem, bem, já a deixo em paz. Até ámanhã. Procure dormir.
E sahiu.
Lenita adormeceu. A principio foi um dormitar interrompido, irrequieto, cortado de pequenos gritos. Depois apoderou-se d’ella um como languor, um extase que não era bem vigilia, e que não era bem somno. Sonhou ou antes viu que o gladiador avolumava-se na sua peanha, tomava estatura de homem, abaixava os braços, endireitava-se, descia, caminhava para o seu leito, parava á beira, contemplando-a detidamente, amorosamente.
E Lenita rolava com delicias no effluvio magnetico do seu olhar, como na agua deliciosa de um banho tepido.
Tremores subitos percorriam os