Irrompia a florescencia com todo o seu luxo de fórmas, com toda a sua prodigalidade de matizes, com todo o seu esbanjamento de perfumes.
Por sobre os cafezaes escuros atirára ella, com suave monotonia, um lençol de corollas alvissimo, deslumbrante.
Na matta toda arvore, todo arbusto, toda a planta tomava-se de extranha energia.
As flores, em uma abundancia impossivel, comprimiam-se nos galhos, empurravam-se, deformavam-se. No quebrantamento volupia amorosa pendiam, reviravam os calices, entornavam no ambiente ondas de pollen, de pulverulencia fecundante.
Á lascivia da flora se vinha junctar o furor erotico da fauna.
Por toda a parte ouviam-se gorgeios e assobios, uivos e bramidos de amor.