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CANTO VIII.
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O lume da razão se anuviava,
E o rebanho de Christo ía mingoando.

Mas si na dura prova é dado ao inferno
De chammas fornecer o altar terrivel,
Expiatorio altar, onde se apuram
As virtudes christães das paixões átras;
Qual o ouro no chrysol em fogo envolto,
Em terra e em cinzas, mais se purifica,
Perde as fezes, e limpo se condensa;
Gozar não póde o inferno o seu triumpho.
A razão sempre vence, ou cedo, ou tarde.
A lei da Providencia é infallivel,
Por ella a humanidade ao bem caminha.

O perigo que ameaça esses colonos,
Ameaça talvez a igreja e os padres:
Ah! e só isso os salva; que a virtude
Dos bons tambem aos máos serve de amparo:
Como n’um campo, que verdeja apenas,