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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS

Das fulminantes armas dos Francezes,
Em torno a villa as balas sibilando
Coriscam pelos ares enfumados.

Ao medonho estridor não esperado
D’aquellas armas, que de em torno estouram;
Ao chover da metralha, que atravessa
Os tectos de sapê, levando o susto
Aos peitos feminís; de toda parte
Correm ao templo velhos e crianças,
E as mãis co’os tenros filhos em seus braços,
Bradando: – Senhor Deos! misericordia!

Alli aos pés do altar, co’os companheiros,
Humilde estava Anchieta, que prégando
Nesse dia dissera: « Quando ouvirdes
Nesta noite fatal, entre lampejos
Horrenda arrebentar a tempestade,
Vós, mulheres, crianças indefesas,
Vinde, vinde, correi á santa igreja