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CANTO IX.
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Dar-te agora o que pedes? Ah! punido,
Bem punido elle foi! Talvez tu mesmo,
Nessa noite fatal p’ra São-Vicente,
Fosses quem lhe cravou no corpo a morte
Co’uma setta, que o peito atravessou-lhe.
Mortalmente ferido, pouco tempo
Após, em dura angustia blasfemando,
Morreo como vivêra o pobre Dias.
Onde estará sua alma? Ah! Deos piedoso
Como bom pai as culpas lhe perdôe.

Quanto a Tibiriçá, a Cunhambéba,
A Caioby, que pedes; onde, Aimbire,
Onde está a bondade de tua alma?
Onde a tua grandeza e lealdade,
Que uma perfidia assim de nós reclamas?
Que fé te merecêra quem trahisse
Deste modo os deveres da amizade?
Si algum nosso inimigo, algum Tapuya
Viesse aqui pedir-te as nossas vidas,