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O arco conceitual aberto por este livro que você tem em mãos vai de Ocidente a Oriente, cobrindo toda a trajetória das especulações sobre as noções contrastantes de propriedade intelectual e domínio público, desde a Grécia, a Roma antigas e a China Imperial sob a influência do confucionismo, passando pela Idade Média e os mundos renascentista e iluminista europeus, pela modernidade globalizante da expansão dos horizontes mundiais do período das descobertas – a expansão para as Américas, África e Ásia –, até os nossos dias, com os extraordinários impactos das modernas tecnologias digitais sobre a produção e circulação de obras culturais em todo o planeta.

Esse arco conceitual é, neste livro, vivamente ilustrado pelas várias passagens históricas que deram corpo e alma à construção dos chamados “direitos de propriedade intelectual”. O livro cobre essa construção com múltiplas observações sobre como “pessoas, grupos e movimentos subverteram o status quo de suas épocas, da criação e circulação da cultura e da arte”. Traz ilustrações que vão desde as descrições sobre técnicas de utilização do papiro para a confecção dos primeiros livros em remotas épocas imperiais, passando pela revolução da imprensa abrindo os7