– Há de gostar.
– Hum...
– Mais tarde; dá tempo ao tempo.
– Por que é que o papai não quer ver d. Alice?
– Oh, filha, é... é porque teu pai... receia avivar as saudades de tua mãe...
“Já me tardava esta pergunta” – disse ele de si para si.
– Não entendo...
– Tua mãe não era a dona da casa?
– Era.
– D. Alice não está desempenhando o papel de dona de casa?
– Ah, mas não é mulher dele!
– Ah!...
– Nem come à mesa, nem aparece às visitas... é, afinal, uma espécie de criada!
– Não. Ela governa os criados. É diferente...
– Tenho pena dela. Agora tenho pena dela...
– Agora?
– Antes não tinha... tinha raiva.
– Mas... por quê? ela queixou-se?
– Não... não sei porque! mas acho aquilo esquisito! Mal sente os passos do papai, zás! foge! chega a ser engraçado!
“Realmente, é uma situação de comédia” – pensou Assunção, rindo involuntariamente com Maria.