sempre a dobrar-se em profundas reverências diante das imagens dos santos. Também essa fora sua confessada, e debandara como as outras, afligidas pelos seus conselhos e pelas suas admoestações... O marido desta vivia em viagens, como oficial de marinha; ela rabiava pelas igrejas, dando entrevistas entre padres-nossos, sempre envolvida em grandes obras de beneficência.
Numa quarta-feira, saía o padre Assunção de dizer a sua missa, quando foi abordado no adro pela Pedrosa e a Sinhá, que o aguardavam com a competente esmola. Embaixo, junto aos degraus, esperava-as o coupé. O dia estava magnífico.
– Reverendíssimo!
– Minhas senhoras...
– Acabamos de receber a sua bênção e viemos esperá-lo para darmos esta esmolinha aos seus pobres...
– Meus ou dos outros, todos os pobres me merecem a mesma consideração. V.as Ex.as devem tê-los também...
– Repele então o nosso oferecimento?! – perguntou a Pedrosa, desapontada.
– Não tenho esse direito. Somente, se me permitirem... eu ensinarei a uma das minhas velhinhas o caminho da sua porta, e a esmola será, então, dada diretamente, mais agradável a ambas...