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– Os retratos de tua mãe ainda estão nos mesmos lugares?

– Estão... um em cima do piano... outro no escritório... outro no quarto de papai...

– Já tiraram o do quarto de toalete?!

– Ah! é verdade! e outro no quarto de toalete! Como vovó se lembra!

– Minha pobre filha!

– O do quarto do papai está ficando branco...

– Até desaparecer! É que a imagem de Maria está sumindo ao mesmo tempo da memória e do papel! – disse a baronesa abafando um suspiro.

– Da memória de quem?!

– Vai brincar, minha Glória; corre, faze das tuas brutalidades antigas... quero ouvir os teus gritos, as tuas risadas... Onde está a tua cabrinha? Já nem fazes caso dela!

– Como não?! D. Alice até me prometeu uma coleira para ela!

– Já me tardava...

As mãos da avó afrouxaram. Glória fugiu para o quintal.

– Está tudo acabado! Venceu e domina a todos. Glória, a filha da minha filha, talvez já ame à outra mais do que a mim!... Tem trabalhado, a maldita... e não há quem defenda a minha pobre Maria! Nem o Assunção... ninguém!...

A baronesa revia a cena, que não lhe saía diante