Era meio-dia quando um bonde das Águas Férreas parou à entrada do Cosme Velho e uma moça desceu para a rua, com ar vexado. O bonde continuou o seu caminho; ela consultou uma notazinha da carteira e entrou num prédio cor de milho, ladeado por um jardim em meio abandono.
Um rapazinho lavava o vestíbulo; a moça olhou para ele ainda embaraçada e perguntou:
– O dono da casa...?
Felizmente, o pequeno não a deixou concluir; estava prevenido e gritou logo para dentro, fazendo correr uma porta de vidro que devassou um trecho do interior:
– Ó seu Feliciano, venha cá!
E voltando-se para a recém-chegada:
– A senhora entre.
Ela levantou cuidadosamente o seu vestido de lã preta, para que se não molhasse no chão encharcado,