a casa de perfumes, de conforto, de doçura, como nunca tive em minha vida.
– Nem no tempo de Maria?! Era o que faltava ouvir!
– Mas não falemos do passado, pelo amor de Deus!
– Como não, se a ele está você preso por um juramento?! Nega ter jurado à minha filha, na hora da morte, fidelidade eterna?!
– Não deixei ainda de cumprir tal promessa; mas não teria escrúpulo em fazê-lo se as condições da minha vida o exigissem. Esse juramento foi sincero, mas mesmo sem sinceridade eu o faria naquele transe, para adoçar o passamento de minha mulher...
– Quer você dizer com isso que romperá tal juramento...?!
– Sem escrúpulo, já disse.
– A religião proíbe-o que o faça!
– Eu não sou religioso.
– Ah! vêem? ele também a ama! Minha pobre filha! Minha pobre filha!
A baronesa estava trêmula, ameaçadora. Crescera de estatura, passavam-lhe pelos olhos fulgores de mocidade e de ódio.
– Se a religião não lhe impõe o cumprimento do dever, apelo ao menos para a sua honra. Não a terá também?!
– A minha honra obriga-me antes a defender essa pobre moça caluniada, do que a manter