– Obrigada...
Ela parecia querer ficar em pé, pronta para fugir!
Ele gaguejou:
– Então...
Evidentemente não sabia como principiar.
De repente:
– Os seus cadernos estão numa ordem admirável. Realmente eu nunca imaginei que uma senhora entendesse tanto de contas... é um guarda-livros! Contudo... parece-me encontrar aqui um pequeno engano...
Alice aproximou-se, com um arrepiozinho de susto.
Ele, indicando-lhe uma cadeira, a seu lado:
– Tenha a bondade de somar...
Ofereceu-lhe a pena, que ela mesma molhou no tinteiro.
Estavam sós. A casa em silêncio.
Alice sentou-se, com aflita curiosidade, e levantando o véu baixou os olhos para o caderno, recomeçando a somar parcelas indicadas. Entretanto, ele contemplava-a pela primeira vez. Era mais bonita do que pensava; tinha a pele suave, os olhos pestanudos e o cabelo escuro e abundante...
A mão esguia, branca, movia-se sobre o papel num leve tremor nervoso.
Argemiro pensava:
“Fui um estúpido; eu deveria ter apressado