nem para diante, sem saber que dizer, todo olhos para o rosto, que já desaparecia sob o véuzinho bordado.
– D. Alice!
A moça respondeu com um olhar tímido.
Ele calou-se. Parecia-lhe impossível aquela estupidez!
– Então a senhora vai-se mesmo embora...
– É preciso.
– Se Glória lhe pedisse para ficar... Ela é tão sua amiga...
– Nem assim...
Argemiro levantou-se e disse com voz grave e resoluta:
– Tem razão. O seu lugar não é aqui, agora que a vi e a conheço. Só lhe peço uma coisa: que me consinta ir amanhã à sua casa, em companhia de minha filha... pedir-lhe perdão...
Alice esboçou um gesto de protesto. Receava chorar se falasse.
Ele aproximou-se e ficaram ambos calados, adivinhando-se através do silêncio, até que Maria da Glória gritou da porta:
– D. Alice! o Feliciano já levou a sua mala!
Dois meses depois, numa linda manhã, os barões assistiram ao casamento de Argemiro e de Alice, feito por Assunção, testemunhado por Adolfo Caldas, Teles e d. Sofia.