encher esta minha casa triste de riso e de alegria. Como a achaste?
– Magnífica, muito corada, forte! A avó exasperada porque ela não lhe pára no estudo. Quando eu cheguei estava ela encarapitada no muro, apanhando as amoras do vizinho; quando entrou trazia o avental manchado e a saia toda descosida. A avó mostrou-me aquilo muito queixosa, mas Gloriazinha mal a deixava falar, tantos eram os beijos que lhe dava!
Riram-se ambos, Argemiro e o padre.
– A avó tem razão; minha filha já está muito crescida para aqueles modos de rapaz...
– É uma criança... deixa-a.
– Mas, afinal, de quem é a culpa? dos avós. Se ela morasse comigo seria muito outra.
– Não estaria tão bem.
– É uma selvagem... esta é que é a verdade; mal sabe ler, rabisca umas letras em péssima caligrafia... e toca sem compasso umas intoleráveis lições do método! Já era tempo de saber muito mais. Não te parece?
– Ora! sabe em que tempo se devem plantar os repolhos e podar as roseiras, como se cora roupa e se deitam galinhas. É uma ciência rara hoje em dia e muito útil. Tua sogra pediu-me que lhe ensinasse o catecismo, para a primeira comunhão.
– E tu...
– Eu disse-lhe que deixasse a menina por enquanto