e teimosas. Maria interessou-se por fim, tentada por uma meada de lã vermelha; e, ora vendo, ora tentando fazer, guiada pelas mãos pacientes e ágeis da moça, conseguiu aprender não só esse ponto como outro mais complicado.
– A senhora é paciente. Gosta de crianças?
– Muito!
– Tem irmãs pequenas?
Alice olhou para o padre Assunção com ar de queixa. Para que interrogá-la, naquela hora distraída, acordando-lhe a saudade da família ausente ou perdida?
Foi isso que o padre pareceu sentir na expressão da moça.
Entretanto, ela disse:
– Tive... uma...
Como Glória se atrapalhasse, tirou-lhe o trabalho das mãos, adiantando-o um pouco, para influir a menina.
– Repare bem; olhe... uma volta... outra volta... vou bem devagar... compreende?
Maria arrancou-lhe a agulha e o novelo das mãos com impaciência, morta por fazer ela mesma o trabalho. O padre repreendeu-a; Alice sorriu.
– Deixe... são todas assim!
“Decididamente, esta rapariga não é uma rapariga vulgar” – pensava de si para si Assunção, olhando para a moça. Havia no seu vestido pobre, de lã barata, uma elegância reservada e distinta. O cabelo,