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Página:A Maravilhosa Vida de Santos=Dumont.pdf/42

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Capitulo VI - Começo da vida de Inventor


Nos meses que se passaram desde que estivera com Yolanda em Saint Morritz, Santos passou por Petrópolis em sua casa especialmente concebida para abrigar uma só pessoa e também por Cabangú, casa aonde nasceu. Quando chegou na Europa visitou sua cunhada em Paris e rapidamente se dirigiu para Biarritz. Santós tinha uma sociedade com o seu também amigo marques de Soriano - Ricardo Soriano Sholtz von Hermensdorff também chamado de Marques de Ivanrey proprietário da Empresa Automobilística Soriano Pedroso, que desde 1919 fabricava automóveis, motores e até mesmo hidraviões. Santos desenvolvera com o Marques de Soriano um motor especial que funcionava alimentado por petróleo pesado, de baixo consumo, e que eliminava consideravelmente o risco de incendiar-se. O motor foi Lançado comercialmente com o nome de “Dumont-Soriano”.

Santós pretendia passar alguns meses no litoral Francês, então, resolveu alugar um apartamento de propriedade de seu amigo e sócio com bela localização, frente ao maravilhoso mar de divisa entre a Espanha e a França.

Apos rápida passagem pelo apartamento Santos dirigiu-se para a empresa do amigo. Encontrou-o testando um carro esportivo modelo Coche que aparentava ser novo a despeito de seus oito anos de idade.

De forma bastante reservada Santós demonstra felicidade ao encontrar o amigo com um forte aperto de mãos e sorriso no rosto.

“Que bom te ver meu amigo, espero que tenha feito boa viagem e que tenha apreciado os arranjos que fiz no apartamento para Recber-te”diz o Marquez de Soriano também com um largo sorriso.

“Não tenho como não gostar daqui, passei ótimos momentos neste litoral, foi em Deauville que tive a inspiração para criar as asas do 14 Bis. Tenho boas recordações daqui. Vejo que também mata a saudade de seu modelo clássico” comenta Santos referindo-se ao Coche 1920.”

“De fato, oito anos se passaram e esta pequena jóia da engenharia ainda me impressiona. Tudo neste carro parece ser o elegantemente necessário para o prazer de dirigir. Não é um auto de luxo mas é confortável, o seu motor aparente enche de prazer os ávidos por emoção, e o que dizer do ronco deste motor. Até o cheiro de petróleo parece ser diferente quando queimado por este carro.”

“Conheço bem o sentimento, você conseguiu resumir muito bem o sentimento que tinha pelo meu dirigível numero 9, aquela talvez tenha sido a minha melhor aeronave.”

“vamos entrando Alberto, temos muito o que conversar .

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