em mil diversas travessuras, que nossa imaginação e inconstância de meninos modificava e inventava a cada momento, a minha interessante camarada voltou-se de repente para mim, e perguntou:
— Sou bonita, ou feia?...
Eu quis responder-lhe mil coisas... corei... e finalmente murmurei tremendo:
— Tão bonita!...
— Pois então, tornou-me ela, quando formos grandes, havemos de nos casar, sim?
— Oh!... Pois bem!...
— Havemos, continuou o lindo anjinho de oito anos, eu o quero... Olhe, o meu primo Juca me queria também, mas ainda ontem me quebrou a minha mais bonita boneca... Ora, o marido não deve quebrar as bonecas de sua mulher!... Eu quero, pois, me casar com o senhor, que há de apanhar bonitas conchinhas para mim... Além disso ele não tem, como o senhor, os cabelos louros nem a cor rosada...
— Porém eu gosto mais dos cabelos pretos...
— Melhor!... Melhor!... exclamou a menina, saltando de prazer. Olhe: os meus são pretos!
E nisto ela puxou com a sua pequena mãozinha