como, ouvindo a terna cantiga, disse bem alto:
A voz sonora!
Terceiro dia amanheceu e Aoitin viu e ouviu Ahy, caçou e cansou, veio repousar na gruta e dessa vez a gota de lágrima lhe caiu no lugar do coração e, quando voltava, disse bem alto:
— Sinto amar-te!
Ora, parece que nada mais faltava a Ahy, e que a ela cumpria responder a este último grito de Aoitin, confessando também o seu amor tão antigo; mas a natureza da mulher é a mesma, tanto na selvagem, como na civilizada. A mulher deseja ser amada, fingindo não amar; deseja ser senhora do mesmo de quem é escrava: e pois Ahy nada respondeu; mas riu-se, e suas lágrimas secaram; porém já a esse tempo as muitas que havia derramado tinham dado origem a esta fonte, que ainda hoje existe.
No dia seguinte veio Aoitin, e viu a sua amada, que já não cantava, nem chorava: mesmo antes de abicar à praia, foi clamando:
— Sinto amar-te!
E Ahy não respondeu, e só sorriu-se.
Nada de caça... nada de pesca... já o insensível era escravo e não vivia longe do encanto