— Mas cuidado, não haja quem liberte a bela cativa! disse Leopoldo.
— Protesto que a hei de furtar, acrescentou d. Carolina.
— Desafio-lhe a isso! respondeu a prima.
Então começou uma luta de ardis e cuidados entre a Moreninha e d. Quinquina. Aquela já tinha debalde esgotado quantos estratagemas lhe pôde sugerir seu fértil espírito, e enfim, fingindo-se fatigada, veio sossegadamente conversar junto de d. Quinquina, que, não menos viva, conservava-se na defensiva.
Depois de uma meia hora de hábil afetação, a menina travessa, com um rápido movimento, fez cair o leque de sua adversária; Leopoldo abaixou-se para levantá-lo e d. Quinquina, um instante despercebida, curvou-se também e soltou logo um grito, sentindo a mão da prima sobre a rosa: com a sua foi acudir a esta; houve um conflito entre duas finas mãozinhas, que mutuamente se beliscaram, e em resultado desfolhou-se completamente a rosa.
Morreu a bela cativa! ... Morreu a pobre cativa! ... gritaram as moças.
— D. Carolina está criminosa! disse d. Clementina.
— Vai ao júri, minha senhora!