alguns momentos mais e serei réu como Fabrício.
— A culpa será de seus lábios.
— Antes dos seus olhos, minha senhora.
— Cuidado, sr. Augusto! Lembre-se da contradança!
— Pois será preciso dizer que a detesto?...
— Basta não dizer que me ama.
— Ë não dizer o que sinto; eu não sei mentir. Ainda há pouco ia jurar falso...
— Nas palavras de um anjo ou de uma...
— Acabe.
— Tentaçãozinha.
— Perdeu a terceira contradança.
— Misericórdia! Eu não falei em amor!...
Neste momento a orquestra assinalou o começo do sarau. E preciso antecipar que nos não vamos dar ao trabalho de descrever este; é um sarau como todos os outros, basta dizer o seguinte:
Os velhos lembraram-se do passado, os moços aproveitaram o presente, ninguém cuidou do futuro. Os solteiros fizeram por lembrar-se do casamento, os casados trabalharam por esquecer-se dele. Os homens jogaram, falaram em política e requestaram as moças; as senhoras ouviram finezas, trataram de modas e criticaram