sabeis quem era essa menina e só a conheceis pelo nome de — minha mulher.
— Prossiga, minha senhora!
Poderia eu contar-vos uma longa história de velho moribundo, esmeralda, camafeu, mas basta de vossa mulher; permiti que vos diga que mostrava ser uma criança doidinha, que cedo começava a fazer loucuras.
— Que cruel juízo!
— Oh! Não vos agasteis; eu a respeito também, em atenção a vós, porém vamos acabar com o vosso passado. Houve um tempo em que quisestes figurar entre os amigos como galanteador de damas, e por justo e bem merecido castigo fostes desgraçado: todas elas zombaram de vós!
E a menina interrompeu-se, para rir-se da cara que fazia Augusto.
— Ora, por esta não esperava eu, disse o estudante.
A primeira jovem que requestastes foi uma moreninha de dezesseis anos, que jurou-vos gratidão e ternura, e casou-se oito dias depois com um velho de sessenta anos! Não foi assim?
E a menina de novo desatou a rir.
— Minha senhora, de que se ri tanto?