teve em muita conta aquele sorriso da menina travessa. Fabrício continuou:
— Venha embora o ridículo, que nem por isso poder-se-á negar que para o nosso Augusto não houve, não há, nem pode haver amor que dure mais de três dias.
— Venha embora o ridículo, que nem por isso poder-se-á negar que para o nosso Augusto não houve, não há, nem pode haver amor que dure mais de três dias.
Todas as senhoras olharam para o réu daquele horrendo crime de lesa-formosura. Augusto respondeu:
— E o que há aí de mais engraçado, é que Fabrício tem culpa disso, porque, enfim, manda o meu destino que eu sempre tenha andado, ande, e haja de andar em companhia dele, que com a maior crueldade do mundo, tira-me todos os lances, antes de três dias de amor.
Novo olhar, novo sorriso de aprovação de d. Carolina: novo prazer de Augusto por merecê-los.
Fabrício torceu-se sobre a cadeira e prosseguiu:
— Nada de fugir da questão. Poder-se-ia julgar fraqueza querer de algum modo ocultar que, tanto em prática como em teoria, o meu colega é e se preza de ser o protótipo da inconstância.
Eis o que ele não pode negar, acudiram Leopoldo e Filipe, rindo-se.