Teu berço d′ouro esmaltado,
Corneta da minha terra,
Teve um grande cortinado,
Os nevoeiros da serra!
Nas folhas da trepadeira,
Ao canto da cachoeira,
Tremia o berço no ar!
Que tropical formosura!
Foi tua mãe — a noite escura.
Quando o sol beijava o mar!
Como são brancas, tão brancas, As flores do algodoeiro! Que musgos pelas barrancas, Que estalos no palmiteiro! Brota o astro, brota a planta. Tudo sorri, tudo canta. Terra e mar e passarinhos! O sol tem ondas azues, As ondas flocos de luz, A luz dourados arminhos!
Ao pezo das bagas ruge... Ruge... ruge... o cafezal; Desce a tarde, o gado muge Para os bandas do curral... Pelas taperas desertas. Piam as aves despertas Vagam as sombras... que maguas! Chorae, saudades nas fontes. Pelas várzeas, pelos montes, Nas mattas, nos céus, nas aguas!
Morres grande entre os gigantes. Limpo, limpo de brazões, Pequenino como dantes. Ao retumbar dos canhões! Silencio! ninguém responde. Não te fizeram visconde,