da Adelia (leitora fiel do Jornal) ao vêr-me assim abalar desprendido d’ella, atestado d’ouro, para essas terras musulmanas — onde a cada passo se topa um serralho, mudo e cheirando a rosa entre sycomoros...
A vespera da partida, na sala dos damascos, teve elevação e solemnidade. O Justino contemplava-me — como se contempla uma figura historica.
— O nosso Theodorico... Que viagem!... O que se vai fallar n’isto!
E padre Pinheiro murmurava com unção:
— Foi uma inspiração do Senhor! E que bem que lhe ha de fazer á saude!
Depois mostrei o meu capacete de cortiça. Todos o admiraram. O nosso Casimiro, todavia, depois de coçar pensativamente o queixo, observou que me daria talvez mais seriedade um chapéo alto...
A titi acudiu, afflicta:
— É o que eu lhe disse! Acho de pouca ceremonia, para a cidade em que morreu Nosso Senhor...
— Ó titi, mas já lhe expliquei! Isto é só para o deserto!... Em Jerusalem, está claro, e em todos aquelles santos lugares, ando de chapéo alto...
— Sempre é mais de cavalheiro, affirmou o dr. Margaride.