que cantarolava a Ballada do rei de Thule! Assim, os nossos leitos estavam apenas separados pelo fino, fragil tabique coberto de ramarias azues! Nem procurei as luvas pretas: desci n’um alvoroço, certo de que a ia encontrar no sepulchro de Jesus: e planeava já verrumar no tabique um buraco, por onde o meu olho namorado pudesse ir saciar-se nas bellezas do seu desalinho.
Ainda chovia, lugubremente. Apenas começámos a atolar-nos no enxurro da Via-Dolorosa, entalada entre muros côr de lodo — chamei Potte para debaixo do meu guardachuva, perguntei-lhe se vira no hotel a minha forte e sardenta Cybele. O jucundo Potte já a admirára. E pelo Ibrahim, seu compadre dilecto, sabia que o barbaças era um escossez, negociante de cortumes...
— Ahi está, Topsius! gritei eu. Negociante de cortumes... Qual duque! É uma besta! Eu rachava-o! Em coisas de dignidade sou uma fera. Rachava-o!
A filha, a das bastas tranças, dizia Potte, tinha um nome radiante de pedra preciosa: chamava-se Ruby, rubim. Amava os cavallos, era arrojada; na Alta Galilêa, d’onde vinham, matára uma aguia negra...
— Ora aqui têm os cavalheiros a casa de Pilatos...