Templo o sangue dos homens de Nephtali ao sangue dos bois do Sacrificio!
Gamaliel murmurou sombriamente:
— O Romano é cruel, mas escravo da legalidade.
Então Osanias, filho de Beothos, disse com um sorriso molle e sem dentes, agitando de leve, sobre a purpura das almofadas, as mãos resplandecentes de anneis:
— Ou talvez seja que a mulher de Poncius proteja o Rabbi.
Gamaliel, surdamente, amaldiçoou o impudor da Romana. E como os oculos de Topsius interrogavam o venerando Osanias elle admirou-se que o Doutor ignorasse coisas tão conversadas no Templo, até pelos pastores que vem da Idumêa vender os cordeiros da Offrenda. Sempre que o Rabbi prégava no Portico de Salomão, do lado da porta de Suza, Claudia vinha vêl-o do alto do terraço da Torre Antonia, só, envolta n’um véo negro... Menahem, que guardava no mez de Tebeth a escadaria dos Gentis, vira a mulher de Poncius acenar com o véo ao Rabbi. E talvez Claudia, saciada de Capreia, de todos os cocheiros do Circo, de todos os histriões de Suburra, e dos brinquedos d’Atalanta que fizeram perder a voz ao cantor Accius, quizesse provar, vindo á Syria,