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Página:A Relíquia.djvu/380

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desfeitos em lôdo, surgiam emfim sorrindo os seus velhos dentes furados que jámais tinham sorrido... Os contos de G. Godinho eram meus; e libertado da ascorosa senhora, eu já não devia aos seus santos nem rezas nem rosas! Depois, cumprida esta obra de justiça philosophica, corria a Paris, ás mulherinhas!

O bom frade, risonho na sua barba de neve, bateu-me no hombro, chamou-me seu filho, lembrou-me que se fechava o Santo Horto e que lhe seria grata a minha esmola... Dei-lhe uma placa: e recolhi regalado a Jerusalem, devagar, pelo valle de Josaphat, cantarolando um fado meigo.

Ao outro dia de tarde, tocava o sino a Novena na egreja da Flagellação quando a nossa caravana se formou á porta do Hotel do Mediterraneo, para partirmos de Jerusalem. Os caixões das reliquias iam sobre o macho, entre os fardos. O beduino, mais encatarrhoado, abafára-se n’um ignobil cachenez de sacristão. Topsius montava outra egoa, séria e pachorrenta. E eu, que por alegria puzera uma rosa vermelha ao peito, resmunguei, ao pisarmos pela vez derradeira a Via Dolorosa: — «Fica-te, possilga de Sião!»

Já chegávamos á porta de Damasco