Cuidou mesmo que ela talvez desejasse a sua morte...
O calor sufocava-a. Sentia um novelo na garganta, que lhe tapava o ar. Foi ao lavatório, encharcou a toalha de rosto na água do jarro e envolveu-se nela.
Nisso a Simplícia passou rente à janela cantando, em um disfarce, para ver o que se passava lá dentro do quarto da moça. Sara retraiu-se, envergonhada, lembrando-se de frases da mulata, percebendo a sua curiosidade.
Toda a gente sabia do amor da viúva por Luciano, só ela ignorara tudo! Simplícia, voltou, ondulando o seu corpo de cobra em movimentos preguiçosos, cantarolando entre dentes.
Era demais! Sara fechou violentamente as venezianas e recomeçou agitadíssima a passear de um lado para outro.
Até as negras de casa queriam vigiá-la!
Supôs que tivesse sido aquilo mandado pela mãe, e rasgou-lhe o retrato num ímpeto, arrancando-o da sua cabeceira onde ele sorria junto do retrato do esposo!... Depois atirou ao chão a fotografia despedaçada, e voltou-se religiosamente para o retrato do pai.
Amava-o mais do que nunca! Beijou-o, disse-lhe baixinho tudo que ia voando pela sua imaginação...
Queria vingar-se e vingá-lo, remir os beijos que a mal lhe dera, pensando no outro; fazê-los