- Apresenta-me?
- Sem escrúpulo.
Houve um sorriso. Passavam pela esquina de Santo Amaro. Luciano parou, mostrando um prédio em frente.
- Já morei naquela casa... era então rapazinho, andava às voltas com exames de francês.
- Você não foi nascido e criado em Minas?
- Não. Ali ao lado era uma padaria e aqui, nesta esquina, um armazém.
- Já as reminiscências vão tomando um caráter mais positivo. Mas, que diabo! Não me lembra que seu pai tenha morado aqui!...
- Pois não, foi só depois do meu nascimento que meu pai se resolveu a ir para a província; voltamos de lá por doença de minha mãe. No fim de dois anos ela morreu, meu pai regressou para a província e eu fui então morar com o nosso correspondente, o Gustavo Ferreira...
- Tio da Simões...
- Sim, tio da Simões...
- Conheci-o. Morreu, sabe?
- Disse-mo a sobrinha.
- Ah... Ela pô-lo ao corrente de todos os sucessos... Falaram do passado?
- Um pouco...
- Devia ter sido linda, a Simões.
- Esplêndida! e depois viva, alegre!... parece