e de Tormes, que eu conhecia desde pequeno, porque o velho solar, com a sua nobre alameda de faias seculares, se erguia a duas léguas da nossa casa, no antigo caminho de Guiães à estação e ao rio. O caseiro de Tormes, o bom Melchior, era cunhado do nosso feitor da Roqueirinha: — e muitas vezes, depois da minha intimidade com Jacinto, eu entrara no robusto casarão de granito, e avaliara o grão espalhado pelas salas sonoras, e provara o vinho novo das adegas imensas...
— E a igreja, Zé Fernandes?... Entraste na igreja?
— Nunca... Mas era pitoresca, com uma torrezinha quadrada, toda negra, onde há muitos anos vivia uma família de cegonhas... Terrível transtorno para as cegonhas!
— Coisa estranha! — murmurou ainda o meu Príncipe, agourado.
E telegrafou ao Silvério que desatulhasse o vale, recolhesse as ossadas, reedificasse a Igreja, e, para esta obra de piedade e reverência, gastasse o dinheiro, sem contar, como a água dum rio largo.