posta, cortina de cassa ao fundo escondendo e traindo a alcova. «Em todo o caso que o almoço suba depressa» porque eles têm de partir pelo trem das duas horas»—tal é o brado sincero de Chambray!
Quando chega a caldeirada, Chambray tem uma inspiração genial—despe o casaco, abanca em mangas de camisa. É um rasgo de boêmia e de liberdade, que a encanta, a excita, faz surgir a garota que há quase sempre no fundo da matrona. Atira também o chapéu, um chapéu de duzentos francos, para o fundo do quarto, alarga os braços, e tem este grito de alma:
—Ah oui, que c’est bon, de se desembêter!
E depois, como dizem os Espanhóis—la mar. O Sol, ao despedir-se da Terra por esse dia, deixou-os ainda em Viroflay; ainda na tavernola; ainda no quarto;—e outra vez à mesa, diante dum beefsteak reconfortante, como os acontecimentos pediam com urgência e lógica.
Versalhes, esquecido! Tratava-se de voltar à estação para tomar o trem de Paris. Ela aperta devagar as fitas do chapéu, apanha uma das flores da janela que mete no corpete, fixa um olhar lento em redor pelo quarto e pela alcova, para tudo decorar e reter—e partem. Na estação, ao saltar para um compartimento diferente (por causa da chegada a Paris), Chambray num aperto de mão, já apressado e frouxo, suplica-lhe que ao menos lhe diga como se chama. Ela murmura—Lucie.
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