Saltar para o conteúdo

Página:A correspondencia de Fradique Mendes (1902).djvu/233

Wikisource, a biblioteca livre

oração. E nesta desoladora insuficiência do Verbo humano, é como o mais inculto e o mais iletrado que ajoelho ante ti, e levanto as mãos, e te asseguro a única verdade, melhor que todas as verdades—que te amo, e te amo, e te amo, e te amo!...—FRADIQUE.


XIV


A «MADAME » DE JOUARRE


(Trad.).


Lisboa, Junho.


Minha Querida Madrinha.—Naquela casa de hóspedes da Travessa da Palha, onde vive, atrelado à lavra angustiosa da Verdade, meu primo o Metafísico, conheci, logo depois de voltar de Refaldes, um padre, o Padre Salgueiro, que talvez a minha madrinha, com essa sua maliciosa paciência de colecionar Tipos, ache interessante e psicologicamente divertido.

O meu distraído e pálido Metafísico afirma, encolhendo os ombros, que Padre Salgueiro não se destaca por nenhuma saliência de Corpo ou Alma entre os vagos padres da sua Diocese;—e que resume mesmo, com uma fidelidade de índice, o pen