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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/227

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Capitulo XVIII.
 

O leitor provavelmente não terá ficado menos attonito, do que ficou Alvaro, com o imprevisto apparecimento de Leoncio no Recife, e indo bater certo na casa em que se achava refugiada a sua escrava.

E’ preciso portanto explicar-lhe como isso aconteceo, para que não pense que foi por algum milagre.

Leoncio depois de ter escripto e entregado no correio as duas cartas que conhecemos, uma dirigida a Alvaro, outra a Martinho, nem por isso ficou mais tranquillo. Devorava-lhe a alma uma inquietação mortal, um ciume desesperador. A noticia de que Isaura se achava em poder de um bello e rico mancebo, que a amava loucamente, era para elle um supplicio insupportavel, um cancro, que lhe corroía as entranhas, e o fazia estrebuchar em ancias de desespero, avi-