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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/247

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— Se não quizer peor para ella; não lhe dou a liberdade, e ha-de passar a vida enclausurada e em ferros.

— Oh!.. mas isso é demasiada crueldade, Leoncio. De que serve dar-lhe a liberdade em tudo, se não lhe deixas a de escolher um marido?... Dá-lhe a liberdade, Leoncio, e deixa ella casar-se com quem quizer.

— Ella não se casará com ninguem: irá voando direitinho para Pernambuco, e lá ficará muito lampeira nos braços de seo insolente taful, escarnecendo de mim...

— E que te importa isso, Leoncio? — perguntou Malvina com certo ar desconfiado.

— Que tenho!... — replicou Leoncio um pouco perturbado com a pergunta. — Ora que tenho!... é o mesmo que perguntar-me se tenho brio nas faces. Se soubesses como aquelle papalvo provocou-me atirando-me insultos atrozes!.. como desafiou-me com mil bravatas e ameaças, protestando que havia de arrancar Isaura ao meo poder. Se não fosse por tua causa, e tambem por satisfazer os votos de minha mãe, eu nunca daria a liberdade a essa escrava, embora nenhum serviço me prestasse, e tivesse de tratal-a como uma princeza, só para quebrar a prôa e castigar a audacia e petulancia desse impudente rufião.

— Pois bem, Leoncio; mas eu entendo que