em movimento. Através do sono tudo aquilo era sutil e bom como uma música a distância. Quando despertou, iam servir o almoço. Perto, em um vão de janela, o dr. Gervásio, com roupa clara e flores na lapela, conversava baixo com a Camila.
D. Joana tossiu para preveni-los da sua presença; não se queria aproveitar do momento para indiscrições. Por fortuna, Nina entrou na sala,, vinda da copa, carregando uma cestinha de uvas brancas.
Lá em cima Ruth atacava os graves e agudos do violino, com frenesi.
"Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, parece o zurrar de um burro!" pensou consigo a velha, espreguiçando-se disfarçadamente.
À hora do almoço, o Dionísio trouxe uma bandeja para servir Mário no quarto, visto que este só comparecia á mesa da família quando o dr. Gervásio não estava.
Camila mal encobria o seu desespero, velando aquela ofensa com desculpas frouxas, só para que o médico não reparasse. E ele nem viu tal coisa; aceitou os pretextos sem desconfiança. Mário merecia-lhe pouca atenção.
Entretanto, Nina apartava para o primo o melhor bife, o pedacinho de pão mais fofo e os ovos mais perfeitos. D. Joana notou aquilo