café, e lá encontraram Sancha a acender o fogo, assoprando com força. Foi então que Ruth se chegou para ela e, pousando-lhe a mão no ombro, disse alto, sem medo que a tia Joana a ouvisse:
— Sancha, porque é que você não foge?
A negrinha ergueu o busto e fixou a mocinha com pasmo.
— Nhá?!
— Fuja!
A tia Joana, entretida a partir o pão da véspera, não percebera nada. Uma esperança vaga tremeluziu no rosto estúpido da preta.
— E depois? perguntou ela, assustada.
— Vá lá para minha casa; eu falarei a mamãe.
— De que serve! me mandarão outra vez para cá...
— Não. Titia pode alugar outra criada... papai falará com ela...
A tia Joana acabara de partir o pão e chamava a sobrinha para o café da véspera, requentado.
Quando saíram era já dia, mas as névoas da manhã pousavam ainda nos telhados, e nada se via da cidade, em baixo.
Pelo caminho do convento cabras saltavam, seguidas dos cabritos de pelo espesso e