As copas das palmeiras desenhavam-se em fila na atmosfera límpida.
Uns passos rangendo na areia chamaram-lhe a atenção para baixo da janela: Camila e Mário saíam de casa para o jardim. Ela, alta, bem desenhada no seu vestido claro, andava de vagar: ele, com o peito florido por um fresco bouquet de miosótis, as mios nos bolsos, parecia ouvir a mãe com atenção a que não era afeito.
Seguiram ambos para o jardim da frente e deram volta à casa; quando os perdeu de vista, Francisco Teodoro desceu à sala de jantar. A mesa estava pronta; Nina, com o seu aventalzinho bordado sobre um vestido escuro, dava uns retoques à fruteira.
— O dr. Gervásio almoçou cá? perguntou-lhe o tio.
— Como sempre.
— Virá jantar?
— Creio que não...
— É o diacho... eu precisava falar-lhe!
— O seu empregado está pior?
— Parece-me que sim... coitado...
Nina suspirou, e da fruteira passou às flores da jarra, pensando no velho Mota, que mal conhecia, entretanto. Depois de uma pausa: