O Ribas desceu, enfarado daquele velho cainha, que não escorrera nem um tostãozinho para o café; se pensava que ele ia levar as novidades só pelo amor dos seus olhos! Burro! Ele ainda haveria de ensinar toda aquela canalha a temê-lo e a chover-lhe dinheiro no bolsinho; era só falar com o Pirueta da Pedra do Sal, que lhe ensinasse a capoeiragem...
Na rua da Saúde parou à porta do armarinho da irmã, a Deolinda, que esmiuçava a grenha hirsuta de um filho de três anos, recostado sobre o seu ventre enorme.
Ribas fez-lhe sinal da porta, perguntando se podia entrar e observando ao mesmo tempo se o cunhado estaria ali; ela disse-lhe que não entrasse e, sacudindo-se a custo, foi à porta e falou-lhe em segredo.
Você não tem vergonha! Vá-se embora! Ubaldino tal...
— Queria que você me emprestasse quinhentos réis...
— Onde é que eu vou buscar dinheiro, gente!
— Na gaveta do balcão.
— Na gaveta! por você ter mexido na gaveta do balcão é que aconteceu o que aconteceu; vá-se embora!
— Não seja má, Deolinda.