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Página:A fallencia.djvu/381

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ei ao Negreiros.

— Será favor...

Os outros empregados não estavam: Francisco Teodoro agradeceu àqueles o seu concurso e desceu, olhando para os degraus carcomidos com saudade infinita de todas as vezes que por eles pisara, num longo período de trinta anos...

No armazém, apertou a mão dos caixeiros, desde o mais ínfimo, e deteve-se a falar com o Joaquim.

— O senhor que tenciona fazer agora?

— Sr. Teodoro, eu fui já há dias convidado para a casa Gama Torres... Devo entrar para lá amanhã...

— Muito bem... muito bem!... balbuciou em tom frouxo o negociante. E, relanceando o olhar triste pelo armazém, em um último adeus saudosíssimo, saiu para a rua.

Na porta vizinha a velha Terência, com a carapinha oculta no lenço branco, e os bracinhos delgados estendidos para diante, sacudia os últimos grãos de café, peneirando-os na bacia de folha furada a prego. Já a sombra se estendia pelas calçadas, e só lá em cima o sol encarapuçava de ouro as platibandas dos prédios.