Página:A fallencia.djvu/81

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— Que é?

— Trata-se do senhor seu filho.

— Meu só?! tem graça...

— Tem graça? Olha, eu é que lhe não acho nenhuma! Está um bilontra, o tal senhor!

— Aposto, meu velho, em como você vem por aí com recriminações?!

— Certamente; porque afinal de contas a verdadeira culpada das patifarias do rapaz és tu.

Camila voltou-se indignada, com os olhos chamejantes de cólera:

— Hem?!

— Não dou um passo na rua que não encontre um credor do senhor meu filho.

— Ora, logo vi, por causa de dinheiro! murmurou com desprezo Camila, olhando para o marido de alto.

Ele continuou:

— É preciso que tu o advirtas hoje mesmo, que isto não pode continuar assim! Ele mantém agora uma mulher: dá-lhe vestidos, carro, casa, e com toda a imprudência faz contas em meu nome! Já se viu coisa igual?!

— É a mocidade...

— Já me tardava! É a pouca vergonha. Que trabalhe.