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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/41

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Por esse tempo já essa ilha malsinada, que tanto te dá que pensar, era o terror e o duende dos pescadores por toda a extensão destas costas. Corriam desde tempos imemoriais entre o vulgo lendas sinistras e aterradoras a respeito dessa ilhota, que se apresentava como um rochedo medonho e inacessível, erguendo-se cinco ou seis braças acima das ondas, liso e escarpado à maneira de barbacã denegrida e inexpugnável de um castelo roqueiro. As vagas se despedaçavam furiosas em torno dele bramindo e refervendo em perpetua agitação, e ninguém até então tinha podido lobrigar-lhe por qualquer dos lados uma pequena enseada, uma ponta de rochedo, uma aspereza, por onde se pudesse firmar o pé na maldita penedia. Uma tempestade eterna roncava-lhe em torno cingindo-a de alvos escarcéus