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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/64

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de outras plagas onde pudessem dar começo à execução dos projetos, que seu pai moribundo lhes insinuara quando a fatal beldade, o monstro encantador que infestava estas paragens, veio atravessar-se em seu caminho.

Como inevitavelmente teria de suceder, Rodrigo, o mais velho dos três irmãos, encontrou-se um dia com a formosa filha do mar, essa gentil barqueira, que inflamava todos os corações, essa facha fatal e consumidora, que fazia arder o juízo a todos os mancebos, queimando as asas a todas as esperanças. Já bastante prevenido contra as seduções da perigosa fatia, Rodrigo confiava demasiadamente em si, e estava intimamente convencido de que não havia mulher alguma, fada nem anjo, que pudesse lhe inspirar um amor capaz de distraí-lo de suas preocupações e desígnios no futuro. A cruel experiência bem cedo mostrou-lhe quanto se enganava. O ardente mancebo não pôde resistir ao mágico poder dos olhos fascinadores de Regina, e teve de pagar o comum tributo de adoração à cruel e encantadora tirana dos corações. Desde então o seu viver alterou-se profunda e completamente. A tela do futuro, onde seu audaz e ambicioso espírito havia delineado com largos e esplêndidos traços os mais brilhantes projetos, apagou-se inteiramente ante seus olhos, e até varreu-se-lhe da memória o