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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

mais cheia. Até pensei que fosse sobrinho. E o Barrôlo mais delgado, mais leve...

— Oh, agora o José passeia, monta a cavallo, já não adormece tanto depois de jantar...

— E a outra familia? A tia Arminda, o rancho Mendonça? Bem?... Padre Sueiro, que é feito d’esse santo?

— Teve um ataquesito de rheumatismo, muito ligeiro. Agora bom, sempre no Paço do Bispo, na Bibliotheca... Parece que se entretem a fazer um livro sobre os Bispos.

— Bem sei, a Historia da Sé d’Oliveira... Pois eu tambem tenho trabalhado muito, Gracinha! Ando a escrever um Romance.

— Ah!

— Um Romance pequeno, uma Novella, para os Annaes de Litteratura e de Historia, uma Revista que fundou um rapaz meu amigo, o Castanheiro... É sobre um facto historico da nossa gente... Sobre um avô nosso, muito antigo, Tructesindo.

— Tem graça, que fez elle?

— Horrores. Mas é pittoresco... E depois o Paço de Santa Ireneia, no século XII, em todo o seu explendor! Emfim uma bella reconstrucção do velho Portugal e sobre tudo dos velhos Ramires. Has-de gostar... Não ha amores, tudo guerras. Apenas, muito remotamente, uma das nossas antepassadas, uma