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Página:A illustre Casa de Ramires (1900).djvu/146

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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

suissas ruivas, que Gonçalo não conhecia, badalou a sineta do almoço. Gonçalo reparou, avisou o homem que a Snr. aD. Maria da Graça andava para o fundo do jardim...

— Entrou agora, Snr. D. Gonçalo! accudiu o escudeiro. E até manda perguntar se V. Ex. adeseja para o almoço vinho verde de Amarante, de Vidainhos.

Sim, com certeza, vinho de Vidainhos. Depois sorrindo:

— Oh Padre Sueiro, previna este escudeiro novo que eu não tenho Dom. Sou simplesmente Gonçalo, graças a Deus!

O capellão murmurou que todavia, em documentos da Primeira Dynastia, appareciam Ramires com Dom. E, como Gonçalo parara deante do reposteiro corrido da sala, logo o bom velho se curvou, com as suas escrupulosas, reverentes ceremonias, para o Fidalgo passar.

— Então, Padre Sueiro, por quem é!

Mas elle, com apegado respeito:

— Depois de V. Ex. a, meu senhor...

Gonçalo afastou o reposteiro, empurrou docemente o capellão:

— Padre Sueiro, já nos documentos da Primeira Dynastia se estabeleceu que os Santos nunca andam atraz dos Peccadores!

— V. Ex. amanda, e sempre com que graça!