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Página:A illustre Casa de Ramires (1900).djvu/153

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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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Barrôlo acudio, afflicto, carregando nos hombros do Gouveia — para o socegar e o repôr no camapé:

— Não, meninos, não! Politica, não! E então essa massada do Cavalleiro... Vamos ao que importa. Você janta comnosco, João Gouveia?

— Não, obrigado. Já prometti jantar com o Cavalleiro. Temos lá o Ignacio Vilhena. Vae lêr um artigo que escreveu para o Boletim de Guimarãessobre umas fôrmas de fabricar ossos de martyres, descobertas nas obras do convento de S. Bento. Estou com curiosidade... E a Snr. aD. Graça, bem? Quem eu não avistava havia mezes era o Snr. Padre Sueiro. Nunca apparece agora pela Torre!... Mas sempre rijo, sempre viçoso. Oh, Snr. Padre Sueiro, qual é o seu segredo para toda essa meninice?

Do seu canto, o capellão sorriu timidamente. O segredo? Poupar a Vida — não a consumindo nem com ambições nem com decepções. Ora para elle, louvado Deus, a vida corria muito simples e muito pequenina. E fóra o seu rheumatismo...

Depois, córando d’acanhamento, atravez das sentenças evangelicas que lhe escapavam:

— Mas mesmo o rheumatismo não é mal perdido. Deus, que o manda, sabe porque o manda... Soffrer edifica. Por que enfim o que nós soffremos nos leva a pensar no que os outros soffrem...