Vocês, como jantaram á hora antiga da tia Arminda, ceiam, hein? Então logo ceio... Agora apenas uma chavena de chá, muito forte!
Gracinha correu, no alvoroço de servir o heroe querido. E pela escada, descendo com Barrôlo que o contemplava, o Fidalgo da Torre lamentou os seus sacrificios:
— É verdade, menino, é uma massada... Mas que diabo! todos devemos concorrer para tirar o paiz do atoleiro!
Barrôlo, maravilhado, murmurava:
— E sem dizeres nada... Assim á capucha! Assim á capucha!...
— E agora outra cousa, Barrôlo. Ámanhã, no Governo Civil, deves convidar o André a jantar...
— Com certeza! gritou o Barrôlo. Jantar d’estrondo?
- — Não, homem! Jantar muito quieto, muito intimo. Unicamente o André e o João Gouveia. Telegraphas ao João Gouveia. Tambem pódes convidar os Mendonças... Mas jantar muito discreto, só para conversarmos, para firmar a reconciliação d’um modo mais sociavel, mais elegante.
Ao outro dia, no Governo Civil, Barrôlo e o Cavalleiro apertaram as mãos com tanta singelleza, como se ambos, ainda na vespera, andassem jogando o bilhar e caturrando no club da rua das Pêgas.