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Página:A illustre Casa de Ramires (1900).djvu/378

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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

chasqueou a moça sobre os lindos sargentos de Cavallaria, cujo quartel tentador dominava o lavadouro da quinta, e retinha as raparigas da casa ensaboando todo o dia com paixão. Depois ainda se demorou, mudando o fato empoeirado, assobiando vagamente, encostado á varanda sobre a callada rua das Tecedeiras. O sino das Monicas lançou um lindo repique... E Gonçalo, enfastiado da sua solidão, decidiu descer pelo terraço do jardim, e surprehender Gracinha nas suas devoções, na Egrejinha.

Em baixo, no corredor, crusou o Joaquim da Copa:

— Então o Snr. Barrôlo hoje não janta?

— O Snr. Barrôlo foi jantar com o Snr. Barão das Marges, na quinta... São os annos da menina. Naturalmente só recolhe á noite.

Gonçalo, no jardim, ainda tardou por entre os alegretes, compondo para o casaco um ramo de flôres ligeiras. Depois rodeou a estufa, sorrindo da porta com que o Barrôlo a enriquecera, uma porta envidraçada, arqueada em ferradura, com um monogramma de côres rutilantes: e metteu pela rua que conduzia ao repuxo, coberta de silencio e penumbra pela rama enlaçada dos seus altos loureiros. Adiante, circumdado de bancos de pedra, d’arvores de aroma e flôr, cantava dormentemente o fino repuxo n’um tanque redondo, de borda larga, onde