A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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IX
Á porta da cosinha, saccudindo um sobrescripto já amarrotado, Gonçalo ralhava com a Rosa cosinheira:
— Oh Rosa! pois tanto lhe recommendei que não escrevesse á mana Graça?... Que teimosa! Então não arranjavamos a pequena, sem essas lamurias para Oliveira? Graças a Deus, a Torre é larga bastante para mais uma creancinha!
É que morrera a Crispola — a desgraçada viuva, visinha da Torre, que com um rancho miudo de dous pequenos, tres raparigas, definhava no catre desde a Paschoa. E agora Gonçalo, que mantivera o casebre em fartura, andava accommodando as pobres creanças — já por cuidado d’elle muito aceadamente vestidas de luto. A rapariga mais velha (tambem Crispola), sempre encafuada na cosinha da Torre, passava