res. Os outros são da terra e do tempo. Este vem do céu, e vai à eternidade.
A moral dos povos livres
Nenhum país salva a sua reputação com os abafos, capuzes e mantilhas da corrupção encapotada.
Durante a campanha da Criméia, em 1854, o Times, o jornal dos jornais europeus, não hesitou em romper na mais tremenda hostilidade contra a administração militar da Grã-Bretanha, sustentando que o seu serviço era “infame, infamous”, que os soldados enfermos não achavam nem camas, onde jazessem, que o exército, gasto, desmoralizado e miserando, não tinha, em Balaclava, nem onze mil homens, capazes de entrar em combate.
Russell, o famoso correspondente desse jornal britânico no teatro da guerra, perguntava, em carta, a Delane, o célebre diretor do grande órgão: “Que hei de fazer? dizer estas coisas, ou calar?” Mas o interrogado não hesitou na resposta. As instruções, em que lha deu, recomendaram-lhe, com energia, “falar verdade, sem indulgência, nem receio”. O Times, declaravam elas, o Times não admitia “véus”.
Era opinião do seu editor que, “nas circunstâncias do caso, a publicidade constituía o meio de cura indispensável”. Embora chegassem a dizer que “o exército devia linchar o correspondente do Times”, embora o príncipe consorte o apodasse de “miserável libelista”,